Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Divulgação
A seleção brasileira masculina de vôlei passará mais uma temporada sem conseguir conquistar o título da Liga das Nações. Nesta quinta-feira, após bom começo, os brasileiros abusaram dos erros, sofreram na recepção e permitiram a virada na casa da atual campeã Polônia, parciais de 25/18, 23/25, 22/25 e 16/25, se despedindo nas quartas de final pela terceira vez seguida.
Campeão somente da edição de 2021, em decisão justamente contra os poloneses, na qual fez 3 a 1 em Rimini, na Itália, o Brasil havia quebrado uma série de quatro derrotas para as rivais na fase de grupos. Mas acabou sucumbindo diante da forte pressão da torcida local, em Lodz, repetindo a queda de 2023, quando também parou nas quartas ao cair diante da Polônia, que partiria para o título.
O adversário da Polônia sai do duelo entre Itália e França, nesta sexta-feira. Aos brasileiros resta treinar forte para os Jogos de Paris-2024, no qual tentará melhorar o rendimento, em novo reencontro com os poloneses, além de Itália e Egito pelo caminho. Na atual Liga das Nações, foram sete derrotas em 13 jogos e muitos erros apresentados.
A partida começou bastante igual, com as equipes trocando pontos. O Brasil ficou na frente pela primeira vez com 5 a 4 após ace de Darlan. Mas ninguém conseguia abrir dois de vantagem. Apesar da volta de Bruninho, a seleção começou com Cachopa. E em bela bola do levantador para Darlan, a equipe conseguiu uma folga, com 9 a 7. Nem teve tempo de comemorar e os poloneses já buscaram o 9 a 9 em rali de 39 segundos.
Ciente que precisava de um forte bloqueio, Bernardinho via a seleção até tocar na bola, mas não conseguia colocá-la no chão. Faltava, também, aproveitar os contragolpes. Quando o fez, voltou a ter dois na frente.
Melhor no set, o Brasil abriu 16 a 13 em contra-ataque explorando o bloqueio triplo. Sem saída, Nikola Grbic, o treinador polonês, se viu obrigado a pedir tempo. Sua seleção não encaixava os saques e cometia erros fáceis no ataque. Lucarelli e Darlan ampliaram para 18 a 13 e nova pausa.
Depois de emplacar seis pontos seguidos com Leal no saque, o Brasil permitiu reação e viu os poloneses anotarem quatro vezes seguidas, diminuindo para 20 a 17. Desta vez, quem parou o jogo foi Bernardinho. Queria quebrar o saque do ponteiro Fornal. E a estratégia deu certo. Em ataque de Leal, anotando seu sétimo ponto, 25 a 18 para o Brasil.
Os poloneses voltaram melhor e logo fizeram 3 a 1. E ampliaram para 6 a 3 com erro brasileiro e parada de Bernardinho. A seleção não conseguiu manter o embate do fim do primeiro set. E o saque começou a não entrar – foram quatro erros seguidos.
Em dois bloqueios seguidos de Darlan, o Brasil encostou com 11 a 10. E Grbic parou o jogo para tentar evitar a reação verde e amarela. Em bola fora de Kurek, a Polônia perdeu o desafio e o placar ficou igual em 12. Em novo desafio equivocado, novo ponto e a virada com 15 a 14. Os europeus estavam desesperados com os erros.
A parcial ficou bastante disputada e os poloneses, empurrados pela torcida, buscaram o empate com 20 a 20. A virada veio em ace de Fornal e 23 a 22. Lucarelli desperdiçou ataque para fazer 24 a 23. Em novo ace, empate com 25 a 23.
O Brasil abriu o terceiro set forte no bloqueio e nos contragolpes e com quatro pontos seguidos, fez 5 a 1. Não sustentou o bom momento, porém. Kurek empatou em 6 a 6 para cara de poucos amigos de Bernardinho. A situação ficou mais delicada com lesão na coxa de Leal e virada para 14 a 10. Lucarelli abusava dos erros.
Apesar de pedido de concentração e para a seleção “voltar a jogar vôlei” de Bernardinho, o time não conseguia parar o saque de Leon. Mesmo repleta de mudanças, a seleção acabou permitindo a virada na partida ao perder o terceiro set por 25 a 22.
Pressionado no quarto set, o Brasil voltou à quadra com a escalação inicial. Leal, após receber massagens, voltou e foi logo anotando o primeiro tempo para mostrar que superaria as dores. Em bloqueio de Fornal sobre Darlan, a Polônia fez 9 a 7, primeira vantagem de dois pontos na parcial. Ampliou para 13 a 8.
A desvantagem obrigou os brasileiros a se arriscarem mais. Por consequência, os erros de saques voltaram a atormentar. E os ataques eram bloqueados com certa facilidade. Com a torcida fazendo bela festa, os poloneses apenas administraram a enorme vantagem para avançar com 25 a 16. Terceira queda seguida do Brasil nas quartas.